Abrir mão da estabilidade da CLT para empreender não é uma decisão fácil. É preciso traçar metas e escolher o modelo de negócio ideal. É importante se identificar com aquilo que se gosta de fazer, alinhando a perspectiva financeira. Neste cenário, é possível reunir cases de sucesso e que são inspiradores para quem busca empreender e para celebrar o dia do empreendedor.
Conheça abaixo alguns empresários que arriscaram e hoje fazem sucesso no nicho de atuação e dão conselhos preciosos para quem pretende percorrer este caminho.
8 conselhos para celebrar o Dia do Empreendedor
1 – “Você nunca estará 100% preparado”
Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas e Jucelaine Alvarenga, vice-presidente da marca
Roberson e Jucelaine Alvarenga optaram durante 10 anos pela segurança do funcionalismo público, Roberson atuando como servidor público Militar e Jucelaine servidora do Poder Judiciário e as dicas de ambos é sobre como perceber o momento de empreender, vencer o medo da transição de carreira e ter sucesso. “Você nunca saberá a hora certa, jamais estará 100% preparado para empreender, no entanto, terá um momento que vai perceber suas aptidões e que é capaz de enxergar coisas que a maioria das pessoas não vê”, explica Roberson sobre como acontece construção do desejo de ter um negócio. Jucelaine complementa: “Depois desta inquietação de querer mais muitas pessoas travam na hora de realizar esta mudança, porque ela tem medo e sem perceber passa a esperar pelo dia ideal, só que ele nunca vai chegar. Meu conselho para vencer a paralisia é se capacitar, entender do mercado que deseja atuar, procurar especialistas e uma opção é investir em uma franquia, porque terá todo o respaldo de quem já fez, mas o mais importante é ir com medo mesmo”. Para finalizar o CEO ensina. “O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia. Você não deve buscar o sucesso, ele é a consequência de algo grandioso que está construindo, quando você foca em você e no crescimento da sua empresa, obtém resultados surpreendentes”.
2 – “Poderia dar saltos maiores e ter mais conquistas’
Igor Vendas, sócio fundador e COO de operações da Magnólia Papelaria
Igor Vendas é um dos empresários que decidiu abandonar uma carreira em uma multinacional para empreender. Formado em engenharia agronômica, Igor enxergou no empreendedorismo um desafio que gostaria de enfrentar. Após conversar com sua esposa e agora sócia, Júlia Hueb, chegou à conclusão que estava no caminho certo. “Para mim foi muito mais eu ter a confiança de que estava tomando o caminho correto, colocando os prós e os contras. O que eu estaria ganhando com o CLT contra o que estaria ganhando com o empreendedorismo. E quando coloquei na balança, naquele momento percebi que com a segunda opção, eu poderia dar saltos maiores e ter mais conquistas”, comenta. Para o empresário o maior desafio, no princípio, foi a rotina de trabalho, pois agora, ele que criaria a sua jornada, demandas e horários. “Você fica um pouco confuso, e acaba por misturar a vida profissional com a pessoal. No primeiro ano de empreendimento foi mais complicado separar esses momentos de lazer e o profissional. Esse foi um grande desafio e com o passar dos meses, consegui separar eles, acho que a saída foi tentar transformar o empreendedorismo como se fosse um emprego, estabelecer rotinas de trabalho e horários para isso”, completa.
3 – “A vida é feita de escolhas e elas tem 50% de chance de dar certo, então, tente”
Ellen Fernandes e Ronaldo Godoi, fundadores da Red Fitness
Quando a história de empreendedorismo, Ellen era enfermeira e empregada em regime CLT em dois empregos. Ronaldo, formado em Educação Física, trabalhava como professor. O casal fundou a Red Fitness depois de uma longa caminhada até ter a própria rede de academias, assim que inauguraram a primeira unidade em um pequeno espaço no bairro Mandaqui, na Zona Norte da capital paulista, Ronaldo se desligou de onde trabalhava para se dedicar totalmente a Red Fitness, enquanto Ellen continuou como enfermeira atuando de madrugada e no período da manhã, seguindo à tarde para ajudar seu marido na academia. No primeiro ano, o processo foi difícil, mas para Ellen a vida é de tentativas, algumas assertivas, outras nem tanto, afinal, empreender é um risco. “No começo, praticamente saia de um plantão, seguia para outro e depois atendia na recepção da academia. Passei algumas noites sem dormir trabalhando tanto no CLT quanto na Red. Comecei me desligando dos plantões à noite, em seguida, os das manhãs. Decidi seguir caminho apenas na Red Fitness. Em situações como essa o medo bate, mas a vida é feita de escolhas e elas tem 50% de chance de dar certo, então, tente”, conta Ellen. Sem experiência no mercado fitness, Fernandes explica que o maior desafio na transição foi administrar tudo (o dinheiro, o investimento, os funcionários, os clientes). “Com o tempo fui aprendendo e sigo aprendendo, não me arrependo da minha decisão”, completa.
4 – “Seja persistente”
Rodrigo Ressurreição, CEO e fundador da Total Clean
Rodrigo Ressurreição, sempre sonhou em empreender, mas faltava a chance de apostar em algo. Foi quando o desemprego de sua irmã abriu as portas para que iniciasse a vida como dono do próprio negócio. O empreendedorismo na vida do Rodrigo começou no mesmo momento em que ele atuava como supervisor de vendas para uma empresa de construção civil. Ele conta que para que o negócio desse certo, foi preciso encontrar algo que se identificasse, e após achar o nicho de atuação ideal, pesquisar tudo sobre o segmento, desde concorrentes até os produtos e serviços inovadores do setor. “O sucesso para qualquer coisa que a pessoa possa empreender é ser persistente o tempo inteiro”, comenta. Hoje a Total Clean é referência na limpeza de estofados com 141 unidades no país.
5 – “Saia do trabalho CLT conforme a demanda do empreendimento novo”
Gabriel Farrel, CEO da Borda e Lenha
Gabriel Farrel tinha 21 anos quando, em 2016, deixou a faculdade de engenharia ambiental e, com um total de R$ 3 mil reais, fundou a Borda e Lenha, primeira rede fast-pizza do Brasil. Para ele, o ideal é não sair do trabalho CLT imediatamente, mas sim começar a empreender antes. “No início, o empreendedor pode precisar de um capital de fôlego maior do que o esperado, por isso aconselho que a transição de um negócio para o outro seja feita conforme a demanda do empreendimento novo”, explica Farrel. Segundo o executivo, outros aspectos também podem ajudar o empreendedor iniciante: “Começar com um produto ou serviço que você domine, conhecer o consumidor final, dar exemplo de credibilidade empresarial desde o primeiro dia e não ter medo de vender, são a melhor a forma de preparar o negócio para receber todos os clientes”, finaliza.
6 – “Desenvolva resiliência para se recuperar de qualquer adversidade”
Vinicius Delatorre, sócio-fundador e Diretor de Operações da Mais1.Café
Com experiência na área da tecnologia desde o início da carreira, Vinícius comenta que, aos 23 anos de vida, em Nova York, trabalhando para uma grande empresa do setor bancário, percebeu que estava na hora de mudar, e assim, deixou uma promissora carreira corporativa para empreender. “O início dessa jornada foi bem desafiadora, marcado por muitas adversidades, principalmente pela minha falta de experiência na área do empreendedorismo na época. Entretanto, a construção de networking e cursos auxiliaram nesse processo”. O empreendedor, hoje responsável pela área de operações da Mais1.Café, compartilha também alguns conselhos para os futuros empreendedores.”Desenvolva resiliência para se recuperar de qualquer adversidade, e se adaptar às mudanças que aparecem neste processo. Para isso, invista em conhecimento constante, principalmente para alavancar a capacidade de aprendizado. Outro ponto é valorizar a construção de um networking sólido, cultivando relacionamentos que podem abrir portas e serem seus grandes aliados nos negócios. E menos importante, persistir nos seus objetivos”, compartilha o executivo.
7 – “Cerque-se de pessoas que se complementam”
Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha
Para o empreendedor Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha, startup de tecnologia em varejo que atua no modelo de franquia de minimercado autônomo, a formação de uma boa rede de apoio é primordial para quem deseja deixar a CLT para começar o próprio negócio. “Cerque-se de pessoas boas, que se complementam, com diferentes expertises, experiências. Traga especialistas de diversas áreas para te ajudar a crescer, firmar a ideia que dá para fazer tudo sozinho”, comenta. Além disso, o empreendedor reforça a importância de ter um sócio para ajudar nessa transição. “Se possível, encontre sócios que possam tocar a empresa de forma integral enquanto você realiza essa transição do CLT para o próprio negócio. Nesta fase, o ideal é conseguir se organizar financeiramente, para que, no tempo determinado, você consiga realizar a transição completa do CLT para a própria empresa”, finaliza.
8 – “Não peça demissão de imediato”
Camila Miglhorini, fundadora e CEO da Mr. Fit
Experiente em franquias de alimentação, Camila Miglhorini fundou a Mr. Fit, rede pioneira em fast-food de alimentação saudável no Brasil, em 2013, depois de se deparar com a dificuldade de encontrar opções rápidas e saudáveis para comer no dia a dia. Na época, ela era CLT e atuava como supervisora de franquias em uma rede de fast-food. Para Camila, a dica principal para quem pensa em empreender é não pedir demissão de imediato. “Continue no emprego e, paralelamente, se organize para a abertura do negócio próprio. Estude o mercado, faça análises e tire o plano do papel. Somente depois que já estiver faturando, saia do trabalho CLT”, aconselha.
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Informações: Assessoria/Markable Comunicação