O modelo de franquias tem se tornado cada vez mais popular no mundo dos negócios, especialmente no Brasil. Para os empreendedores, essa é uma maneira estratégica de expandir seus negócios, aproveitar novas oportunidades e, ao mesmo tempo, contar com uma marca já estabelecida. No entanto, o sucesso de uma franquia não depende apenas do franqueado que está à frente da unidade; por trás de cada operação, existe a franqueadora, que desempenha um papel essencial. Saiba mais neste post!
Uma franqueadora é a empresa proprietária de uma marca e do know-how necessário para operá-la. Ela licencia seu conceito de negócio para terceiros, os franqueados, que assumem a gestão das unidades franqueadas. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação entre franqueadora e franqueado vai muito além de um simples contrato comercial. A franqueadora desempenha funções cruciais para garantir a uniformidade da marca, o sucesso do franqueado e a expansão do negócio.
O papel da franqueadora
A principal responsabilidade da franqueadora é transmitir o conhecimento e as diretrizes que definem o funcionamento do negócio. Isso envolve a padronização de processos, o treinamento dos franqueados e suas equipes, o suporte contínuo e, acima de tudo, a gestão da marca.
Uma das características mais importantes de uma franquia é a replicabilidade do modelo de negócios. Ou seja, o franqueado deve ser capaz de abrir uma unidade da marca em qualquer parte do país, ou até mesmo do mundo, e operar de acordo com os mesmos padrões. Para garantir essa uniformidade, a franqueadora desenvolve manuais operacionais que descrevem desde o layout da loja até os processos diários de atendimento ao cliente, gestão de estoque, marketing e relacionamento com fornecedores.
Outro papel fundamental da franqueadora é a criação e manutenção de uma identidade de marca forte. Isso envolve definir e proteger os valores e a imagem que a empresa deseja transmitir ao mercado. Uma marca bem posicionada é um dos principais atrativos para quem deseja abrir uma franquia. No entanto, sem um trabalho contínuo de branding, marketing e inovação, a marca pode perder relevância, prejudicando tanto a franqueadora quanto os franqueados. Assim, cabe à franqueadora liderar as estratégias de marketing em nível nacional, garantindo que todos os franqueados estejam alinhados e contribuam para fortalecer a marca.
Além disso, a franqueadora é responsável por inovar e manter o modelo de negócio atualizado. O mercado está em constante evolução, com novas tecnologias, mudanças no comportamento do consumidor e tendências que surgem o tempo todo. Cabe à franqueadora monitorar essas transformações e adaptar o modelo de negócio, se necessário. Isso inclui a introdução de novos produtos ou serviços, a modernização de ferramentas de gestão e até mesmo a adoção de estratégias mais sustentáveis e tecnológicas.
Relação franqueadora e franqueado
A relação entre franqueadora e franqueado é pautada por um contrato, que formaliza os direitos e deveres de cada parte. No entanto, essa relação vai muito além de uma simples troca comercial. Para que o modelo de franquias funcione de maneira eficiente, a confiança e a colaboração entre franqueadora e franqueado são essenciais.
Enquanto a franqueadora fornece o suporte, os treinamentos e o know-how, o franqueado é responsável por operar a unidade de acordo com as diretrizes estabelecidas. No entanto, a franqueadora precisa ir além do fornecimento de um manual de operações. O suporte contínuo é uma das maiores vantagens do modelo de franquias, e a franqueadora deve estar presente para ajudar o franqueado em diversas áreas, como marketing, controle de qualidade, gestão financeira e atendimento ao cliente.
Por outro lado, o franqueado também tem responsabilidades nessa relação. Ele deve seguir à risca o que foi definido no contrato de franquia e nos manuais operacionais, garantindo a padronização das operações e a manutenção da qualidade dos produtos ou serviços oferecidos. Além disso, o franqueado deve fornecer feedback à franqueadora sobre o que funciona ou não em sua unidade, permitindo que o modelo de negócios seja constantemente aperfeiçoado.
Muitos franqueados veem a franqueadora como uma parceira de negócios, pois ela oferece um modelo testado e aprovado, além de estar disponível para fornecer suporte nas diversas etapas do processo de operação. Ao mesmo tempo, a franqueadora conta com os franqueados para expandir sua marca e aumentar sua presença no mercado.
O modelo de franquias
O sistema de franquias é uma via de mão dupla que beneficia tanto a franqueadora quanto os franqueados. A franqueadora, ao expandir seu negócio por meio de franquias, consegue aumentar sua presença no mercado de maneira mais rápida e com menor investimento do que se fosse abrir unidades próprias. Isso ocorre porque, no modelo de franquias, os custos de instalação e operação da unidade são de responsabilidade do franqueado.
Por outro lado, o franqueado se beneficia ao entrar em um negócio com uma marca já estabelecida, o que reduz os riscos que ele enfrentaria ao abrir um negócio independente do zero. Além disso, o franqueado recebe treinamentos, manuais e suporte contínuo da franqueadora, o que lhe permite operar a unidade com maior segurança.
O contrato de franquia é o documento que formaliza essa relação. Nele estão descritos todos os direitos e deveres das partes envolvidas, assim como o pagamento de taxas. Existem basicamente dois tipos de taxas: a taxa inicial de franquia, que é paga no momento da assinatura do contrato, e os royalties, que são pagos regularmente, com base no faturamento da unidade. Algumas franqueadoras também cobram uma taxa de marketing, que é destinada às campanhas de publicidade e promoção da marca em âmbito nacional.
Além disso, o contrato de franquia define o prazo de vigência da parceria, as condições para a renovação do contrato e as sanções em caso de descumprimento de alguma cláusula. O sucesso do franqueado depende, em grande parte, do cumprimento das obrigações descritas no contrato, assim como do suporte oferecido pela franqueadora.
Desafios enfrentados pela franqueadora
Embora o modelo de franquias seja uma maneira eficaz de expandir um negócio, ele não está isento de desafios. Um dos maiores desafios enfrentados pelas franqueadoras é a gestão da padronização. À medida que a rede de franquias cresce, manter a uniformidade das operações pode se tornar uma tarefa complexa. É fundamental que todas as unidades sigam os mesmos processos e ofereçam a mesma qualidade de produtos ou serviços, independentemente da localização. A franqueadora precisa garantir que todos os franqueados recebam treinamentos adequados e que haja um monitoramento constante para evitar desvios.
Outro desafio significativo é a manutenção de uma boa comunicação entre franqueadora e franqueados. A falta de uma comunicação eficiente pode gerar ruídos e conflitos, prejudicando a relação entre as partes. Para evitar isso, muitas franqueadoras adotam sistemas de gestão de relacionamento com franqueados, que permitem um acompanhamento mais próximo das operações e facilitam o diálogo.
A inovação também é um aspecto desafiador. Uma franqueadora que não se adapta às mudanças do mercado corre o risco de perder competitividade. Isso exige uma constante análise do mercado, da concorrência e das preferências dos consumidores, para que a marca continue relevante e atraente.
Além disso, franqueadoras precisam ter um controle rigoroso de suas finanças e da viabilidade econômica de cada nova unidade aberta. Isso inclui a análise do ponto comercial, o investimento necessário e o retorno esperado para garantir que as novas unidades sejam sustentáveis a longo prazo.
Expansão
Para as franqueadoras que desejam crescer, a expansão é uma meta constante. Existem várias maneiras de expandir uma rede de franquias, sendo que uma das mais comuns é por meio da concessão de novas unidades em territórios ainda não explorados. Uma franqueadora pode optar por uma expansão nacional, abrindo unidades em diferentes cidades ou estados, ou pode também almejar a expansão internacional, levando sua marca para outros países.
A expansão internacional traz desafios adicionais, como a adaptação do modelo de negócio à cultura e às leis locais. No entanto, para muitas franqueadoras, essa é uma excelente oportunidade de crescimento. A presença internacional aumenta o valor da marca e proporciona uma nova fonte de receita, ao mesmo tempo que diversifica os riscos.
A franqueadora desempenha um papel essencial no sucesso do modelo de franquias, sendo responsável por transmitir o know-how, garantir a padronização das operações e liderar as estratégias de expansão da marca. A relação entre franqueadora e franqueado é pautada na confiança, colaboração e suporte contínuo. Juntos, franqueadora e franqueados formam uma rede de negócios capaz de crescer de forma estruturada e sustentável, oferecendo benefícios mútuos.
O sucesso de uma rede de franquias depende tanto da habilidade da franqueadora em desenvolver um modelo de negócios sólido quanto da capacidade dos franqueados em executar as diretrizes estabelecidas. Dessa forma, o modelo de franquias continua sendo uma das formas mais atrativas de expansão empresarial no Brasil e no mundo, beneficiando tanto empreendedores quanto consumidores.