Alanna AnjosO Brasil é o segundo maior consumidor de pizzas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, mas poucas marcas conseguiram manter viva a essência dessa experiência como a pizzaria A Esperança. Nascida em 1957 no tradicional bairro do Brooklin, em São Paulo, a marca atravessou gerações com o mesmo compromisso: oferecer uma pizza de altíssima qualidade em um ambiente que valoriza o sabor e o tempo compartilhado à mesa.
Prestes a completar 7 décadas história, a Esperança se prepara para um novo capítulo: a expansão via franquias. A receita do sucesso construída por décadas agora poderá ser replicada por empreendedores que compartilham da mesma paixão por servir bem.
Das origens italianas ao coração paulistano
Fundada por uma família italiana que via na pizza uma ponte entre cultura e comunidade, a Esperança encontrou um novo lar no Bixiga, onde a tradição foi passada à família Oblonczyk. Vinda do interior paulista, a nova geração assumiu não só a operação, mas também o legado emocional que aquele forno carregava. Desde então, a trajetória foi de crescimento sem abrir mão da identidade.
A pizzaria investiu no formato delivery a partir de 1995, expandindo sua atuação com oito unidades em São Paulo, todas inicialmente ligadas à família fundadora. Com o tempo, esse grupo se transformaria no embrião da rede franqueada que agora ganha corpo. Mas o respeito às raízes não impediu a modernização.
No ano 2000, a unidade matriz passou por um processo de revitalização, mudando-se para o imóvel ao lado e renovando sua estrutura. Azulejos antigos, o balcão clássico e o piso rústico foram mantidos, preservando o charme que cativa gerações de clientes. Esse cuidado com a experiência física se estende ao delivery: a marca inovou no transporte de pizzas, desenvolvendo bags térmicas e caixas especiais para que o produto chegasse quente e íntegro — muito antes dos aplicativos se tornarem padrão.
Uma rede que pulsa confiança
A consolidação da marca é visível: mais de 1 milhão de clientes cadastrados, cerca de 5 mil atendimentos semanais e presença nas regiões mais estratégicas da capital paulista. No iFood, está entre os 10 restaurantes mais vendidos da plataforma, mesmo competindo com grandes redes nacionais.
Esse sucesso não veio por acaso. Como lembra Cezar Oblonczyk, atual sócio da marca, foram décadas enfrentando desafios, da escassez de insumos ao impacto de crises sanitárias, sempre com dedicação e honestidade. Foi esse alicerce que sustentou o negócio nos altos e baixos do mercado.
Em 2024, ao lado do amigo e agora sócio Sergio Mello, Cezar decidiu transformar um antigo desejo em plano concreto: expandir a marca por meio do franchising. Contando com a consultoria da Goakira e o projeto arquitetônico da GDesign, a marca estruturou seu modelo de franquia de pizzaria com base na experiência real de operação.
O foco? Levar a qualidade d’A Esperança a novos territórios sem comprometer o que a tornou especial: produto impecável, equipe bem cuidada e um ambiente onde as pessoas querem estar.
Diferenciais da marca
Pizza bem feita não é diferencial, é o comum da marca, mas a Esperança oferece algo raro no setor de pizzarias: longevidade de equipe. Há funcionários com mais de 20 anos de casa, reflexo da cultura interna pautada em respeito e valorização. Outro diferencial é a proposta de “slow food com alma italiana”. Ao contrário de modelos fast food, a marca acredita que uma boa pizza deve ser degustada com calma. É esse tipo de experiência que a marca convida os franqueados a replicarem.
Por esse motivo, o processo seletivo para novos franqueados é rigoroso, e precisa ser. A marca busca perfis éticos, com habilidades de gestão, foco no cliente e afinidade com gastronomia.
Ter espírito empreendedor e paixão por servir, são pontos decisivos. O franqueado será um embaixador da marca e da cultura Esperança. Então ser um cliente apaixonado pelas pizzas da rede é um bônus bem-vindo.
O futuro d’A Esperança
A meta é ambiciosa: alcançar 50 unidades em cinco anos. Mas o plano é claro, crescer com responsabilidade, sem comprometer a essência. Cada nova unidade deve ser tratada como única, recebendo o suporte necessário para entregar uma experiência excepcional aos clientes fiéis da marca.
A concorrência existe, mas em um mercado saturado de redes que priorizam a velocidade, a Esperança se destaca ao propor o oposto: qualidade, vínculo emocional e consistência. Sua base de clientes e o desempenho nas plataformas de delivery mostram que há espaço e demanda para uma pizza feita com alma.
Se você compartilha desses valores e sonha em ter um negócio rentável e legado, talvez seu próximo passo seja colocar essa esperança no forno e abrir sua própria unidade:
Redação
Adriani Lupinacci
